O intestino agrupa 70% das células imunológicas, é o centro da imunidade. E são as bactérias intestinais que ativam a função das células imunológicas. O número de bactérias intestinais é estimado em cerca de 200 a 1.000 trilhão de espécies. Como o intestino é o local onde os alimentos são digeridos e absorvidos pelo organismo, muitos patógenos também tentam entrar no corpo através do intestino. Por isso mesmo que a imunidade se concentre no intestino, como um guarda para proteger o corpo.
A microbiota intestinal é composta por bactérias benéficas, como bactérias do ácido lático, bactérias maléficas, como bactérias deteriorantes e por bactérias oportunistas que são suscetíveis ao equilíbrio intestinal. É na proporção de 2:1:7 que a atividade da microbiota intestinal é considerada a mais alta.
A microbiota intestinal, também conhecida como flora intestinal, sofre danos com alimentos que contêm demasiados aditivos. Isso ocorre porque o sistema imunológico julga que o aditivo é uma substância estranha e os neutrófilos, que são células imunes, emitem oxigênio ativo e atacam o aditivo. O intestino fica repleto de oxigênio ativo, que é uma substância que tem um poder oxidante muito mais forte que o oxigênio, deteriora as células e causa o envelhecimento (oxidação) do corpo humano.
O oxigênio ativo é uma substância imune necessária para eliminar substâncias estranhas, mas ao mesmo tempo é uma substância perigosa que faz envelhecer ou até produzir células cancerígenas, causando o enfraquecimento do sistema imunológico.
Por outro lado, alimentos fermentados como natto (à base de soja com bactéria natto), missô (à base de arroz e soja com bactéria koji), iogurte (bifidobactéria), queijo (bactéria do ácido lático) rejuvenescem a flora intestinal. Isso ocorre porque as bactérias intestinais têm a propriedade de ativar sua função quando bactérias do mesmo grupo se juntam às que já estavam no intestino. Além disso, fibras vegetais e oligossacarídeos são boas fontes de alimento para bactérias intestinais.
Os restantes 30% da imunidade dependem da saúde mental, respiração lenta também é eficaz
70% da imunidade é produzida no intestino e os restantes 30% dependem do estado mental. Isso porque, a funcionalidade dos glóbulos brancos, que são células imunes, é influenciada pelo “nervo autonômico”, que é um nervo que age independentemente da sua própria vontade. O sistema nervoso autônomo é formado pelos “nervos simpáticos” que predominam durante as atividades diurnas e “nervos parassimpáticos” que predominam durante a noite e o descanso. O stress psicológico fortalece a função dos nervos simpáticos e libera hormônios como “noradrenalina” e “cortisol” dentro do cérebro. A noradrenalina envolve sentimentos de ansiedade e medo, que causam a contração dos vasos sanguíneos, prejudicam o fluxo sanguíneo e reduzem a função das células imunológicas. O cortisol também é um hormônio relacionado ao sistema imunológico e leva à morte de linfócitos, como as Células T.
Além disso, sabe-se que as Células NK são células imunes mais suscetíveis ao estado mental, aumentando a atividade com o riso e diminuindo com a tristeza.
Não podemos controlar os nervos autonômicos, mas podemos equilibrá-los através da própria respiração. Inspirar e expirar lentamente estimula os nervos parassimpáticos e suprime os nervos simpáticos que se tornaram predominantes devido ao stress. Assim, os vasos sanguíneos se expandem e o fluxo sanguíneo melhora, relaxando também os músculos.
Quando o nervo parassimpático se torna predominante, a função gastrointestinal se torna ativa e o número de linfócitos aumenta, melhorando a imunidade.
Para manter uma imunidade 100% é essencial a saúde tanto física, como mental.